Have you met… Paulo? Com uma mesa no nosso Cowork, o Paulo é um Alentejano super divertido, acessível e pró em design e programação 🙂 Fomos falar um pouco sobre a área onde trabalha, como é ser freelancer e como está a ser a experiência de trabalhar num espaço de Cowork, como o Factory.
A tua vida deu umas reviravoltas até chegares ao que fazes hoje em dia. Como descobriste a paixão pelo que fazes?
O que faço é que me descobriu! Nunca quis ser designer nem programador. Procurei antes colmatar uma necessidade juntos dos possíveis clientes, como empresário e como freelancer. Sempre quis criar coisas novas e ajudar empresas.
Comecei muito cedo – 19 anos, sem formação académica. Tive a oportunidade de trabalhar numa empresa dos meus pais e em 4/5 anos criei condições para iniciar o meu próprio projecto na área de publicidade de grandes formatos. Por isso, andei sempre lado a lado com o design de comunicação e desenvolvimento web. Durante 6 anos a empresa apresentou um crescimento sustentado, mas em 2010, com a crise instalada e sendo o estado o principal cliente da empresa (o que sempre foi um erro), abandonei o projecto e parti à procura de algo novo na minha vida.
Nessa altura estive desprovido de meios, passei uma fase muito difícil que para mim foi um desafio! Dediquei-me a encontrar alternativas, procurando trabalho regular para outrém, o que correu como o esperado e acabei por forçar o caminho, que é continuar a ser investidor, mas a um nível diferente.
Recomecei passo a passo, através de crowdsourcing, sendo que não era fácil encontrar novos clientes fora do meu território, porque sou Alentejano e não projectava trabalhar para Portugal, mas sim para o estrangeiro.
Rapidamente me considerei freelancer e dediquei todo o meu tempo a explorar esta forma de estar profissional.

Como é ser freelancer em Portugal?
É ingrato para os que realmente são freelancers. Ser freelancer não é estar à procura de trabalho e executar alguns biscates no entretanto, mas é um estatuto que atinges e que te permite ser “empresário por conta própria”. Acabas por ser uma microempresa, em que tudo gira em torno dos serviços que prestas. É extremamente difícil, mas largamente compensatório.
É financeiramente agradável, mas muito exigente a nível de disciplina. É importante para todos os que iniciam este caminho falar com outras pessoas que já o iniciaram no passado e que hoje estão noutro patamar (ainda que continuem a aprender todos os dias o que é ser freelancer).
O mundo digital está em constante mudança. Como fazes para te manteres a par da evolução ao nível da tecnologia?
Vivo nesse mundo. Não dá para dissociares a tua vida dessa mesma evolução. Não consegues ser um profissional que presta serviços qualificados e de maior exigência, se não estiveres constantemente a aprender e a procurar outro nível de conhecimento e de presença nesta área (programação). O mesmo acontece com o design! Neste caso não de forma técnica, mas tens de apresentar projectos de acordo com o que é trend visual e funcionalidade actual, por isso é fundamental procurar, pesquisar e inspirar.
Tens de dispensar parte do teu tempo livre para fazer essas pesquisas. Para mim, isso não é tempo perdido, não é nada que “tenho de fazer”, não é trabalho, mas é algo automático, é a minha paixão, tenho sempre vontade de aprender.

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Porque escolheste o Factory para trabalhar?
Um dos pontos que necessitas de disciplina enquanto freelancer é criar barreiras entre a vida pessoal e profissional. Outro, principalmente no caso de trabalhares remotamente para o estrangeiro, é o de lidar com outras pessoas, da área e sem ser da área. O Factory Braga colmata estes dois pontos. Permite-me lidar com outras pessoas de forma pessoal e profissional e, permite ainda criar rotinas que envolvam o sair de casa..
Estes dois pontos são mesmo fundamentais e, desde que saí de casa para trabalhar, as coisas mudaram positivamente.
E como tem sido a tua experiência nesta comunidade?
A experiência está a ser fantástica! Por vários motivos:
– Consegui um ambiente profissional para receber clientes e parceiros internacionais;
– Encontrei sinergias com outras pessoas da área, que me permitiram realizar projectos em comum;
– Já encontrei caminhos para continuar a crescer, mesmo quando pensava que já tinha atingido um determinado patamar em que não podia evoluir mais;
– E como cereja no topo do bolo, encontrei pessoas super agradáveis, que nada têm a ver com a minha área de trabalho, mas que ainda assim têm ajudado imenso a desenvolver esta realização pessoal e profissional. A equipa do Factory é o perfeito exemplo disso mesmo.