Este Giveaway foi para os mais corajosos.
Quem achou que tinha o que é preciso para nos impressionar na arte da escrita, aproveitou este momento para brilhar. 😎
Ah, mas o que podiam ganhar? 🤔
A história ou texto mais original e criativo foi premiado com uma INSCRIÇÃO GRATUITA no nosso tão aguardado Curso de Copywriting e Storytelling: Palavras que vendem! 📚🎓🖋️
Para participar, só tinham de:
- Começar o texto ou história com as palavras mágicas: “Era uma vez…”
- Deixar a caneta fluir, não havia limite de palavras!
- Enviar a história/texto para academy@factorybraga.com
- Tiveram até ao dia 3 de outubro de 2023 para participar 📣👀
A escolha foi feita pela equipa do Factory (Adriana, Tânia e Vanessa) e pelos formadores da área (Sandra e Paula), cada pessoa do júri teve direito a 1 voto secreto. Ganhou a história com mais votos.
A história vencedora seria publicada no blogue do Factory Braga.
E aqui está ela:
Era uma vez… Na verdade, foram mais do que uma, foram muitas. Bastantes até. E apesar de não as conseguir quantificar, estou certa de que não foi apenas uma, porque de todas as vezes que ela se lembra de falar no assunto, a minha ansiedade chega ao nível do teto da minha casa e garanto-vos, que não é fácil que ela retome lugar.
E quem é ela? A minha mãe querida, como diz o Marco Paulo e eu, de todas as vezes que lhe atendo o telemóvel nos dias em que me esqueci de fazer a cama antes de sair de casa.
E como é mais do que percetível agora que a apresentei, a minha ansiedade circula à mesma distância do meu chão da sala ao igual que as moscas na época do verão, devido, obviamente, ao SDNC também chamado de: síndrome do ninho cheio. Que é um termo inventado por mim que significa exatamente o contrário do verdadeiro Síndrome do Ninho Vazio, que já agora, não tem siglas científicas que o identifiquem e é escrito em maiúsculas, tal como algo comprovado deve ser.
Passo a explicar, que me parece necessário. O Síndrome do Ninho vazio é, segundo o Google, “um período de luto que ocorre quando os pais, cuja principal responsabilidade é cuidar dos filhos, se veem livre dessa obrigação”. Logo, o SDNC, é exatamente o oposto. Ou seja, de forma muito rudimentar e algo simplista, até porque eu não sou o Google, nem há estudos científicos que expliquem de melhor forma esta situação, o síndrome do ninho cheio (em minúsculas, claro está), é nada mais nada menos, a pressa que os nossos pais têm de nos verem pelas costas. E agora digam-me, com a maior das sinceridades, se não é mais do que evidente que me sinta mal de todas as vezes que a minha mãe me pergunta com que idade me vou embora de casa.
É que imaginem, como é suposto eu lhe dizer, que se avizinham tempos muito difíceis para a minha conta bancária, e que tão cedo não consigo arrendar uma casa, quanto mais dar entrada ao banco de um T0. Não respondam, bem sei que a situação se pode resolver com uma mentirinha inofensiva e eu já a ponderei: “sempre que penso nisso, chego à conclusão que tu e o pai estão a ficar cada vez mais velhos e que o ideal é que eu permaneça em casa para vos ajudar (sempre)”, mas não cola. Os meus pais têm quarenta e seis anos, e definitivamente, estão mais aptos que eu nas lides domésticas. Até porque eles nunca se esquecem de fazer a cama antes de sair de casa, e eu, às vezes (numa escala de 0 a 10, um 9), só não a faço, porque, efetivamente, não quero.
Antes que perguntem como me safo da conversa, não safo. Visualizo a minha ansiedade a sentir-se ansiosa com as moscas que coabitam com ela, desejosa de que consiga desenrascar uma desculpa qualquer que não ponha a descoberto a minha má gestão financeira, e no meio de toda essa trapalhada digo: “Vocês andam completamente desfasados da realidade. É insustentável sair da casa dos pais neste momento. Para o ano, pode ser que tenha sorte”. Ou tenham. Que é mais isso.
Fim.
Com a esperança de ter ajudado a soltar alguma gargalhada,
Inês Pinto. ”
Obrigada Inês pela tua participação 🧡