O Paulo Xavier é dos mais antigos membros da nossa comunidade com escritório virtual no Factory. E como o descrever? Nem sei por onde começar porque já sinto que o Paulo é da Família e há muito para dizer 🥰.
Mestre do tempo, um especialista na gestão de conflitos, sempre disponível para embarcar em qualquer projecto que lhe é proposto… Enfim, o Paulo é o Guerreiro que vale mesmo a pena conhecer!
Sem falar da sua infinita capacidade de ouvir o outro (não trouxesse na sua bagagem a psicologia). Tem sempre a sua agenda super completa e, ainda assim, ainda tirou um tempinho para nos responder a algumas perguntas! Certamente, não vais querer parar por aqui… 👇
– Já perdi a conta das vezes que trabalhamos em conjunto… Tudo começou com o So You Think You Can Pitch e até para um projecto de recrutamento já contribuíste. Queres falar um pouco sobre o teu percurso?
De facto, Catarina. Este amor dura desde 2010 e sinto-me muito grato pelo dia em que o Paulo Marques, das Balanças Marques, me trouxe até aqui ao Factory para “conhecer aquela rapaziada fantástica” que ele pressentiu (e bem) que eu iria adorar tanto quanto ele adorava 😊.
Quanto ao meu percurso, sabes que não é fácil resumir uma carreira de trinta anos, sobretudo por não ser muito linear. Hoje conheces-me essencialmente pelo meu trabalho como formador e consultor em contexto de empresas, mas nem sempre foi assim. Quando entrei para o curso de Psicologia, tinha como objectivo vir a fazer investigação sobre cognição e linguagem nos golfinhos. Enquanto estudante, fiz parte de uma equipa que estudava a população de roazes no Estuário do Sado. Foi maravilhoso, mas sem perspectivas de carreira.
Decidi mergulhar no mundo da terapia familiar e cheguei a estagiar numa das poucas equipas que trabalhava nessa área em Portugal. Mas cedo percebi que o meu ar de catraio não inspirava credibilidade suficiente junto dos clientes 😆.
Foi primeiro na formação e posteriormente na área de UX (na altura chamávamos-lhe Design de Usabilidade) que encontrei o meu sustento. Também na área das Tecnologias Educativas. Achava importantíssimo aproximar as tecnologias às pessoas. Sabes que nos anos 90 não havia muito essa preocupação.
Então, foi nesse tipo de espírito pioneiro que eu me lancei como empreendedor. 👨🚀 Larguei o emprego em Lisboa para abrir a minha primeira empresa em Guimarães. Chamava-se Interagir. Contudo, não correu muito bem. Era muito inexperiente no mundo dos negócios e estava muito desapoiado. Quando me convidaram para dar aulas na Universidade do Minho, eu aceitei e toda a minha energia se canalizou para aí.
Em 2004, saio da UM com um drive fortíssimo para trabalhar como consultor na área da gestão de equipas e da cultura organizacional. Acho que foi aí que eu verdadeiramente compreendi a minha identidade profissional. Comecei inclusivamente a aplicar ferramentas da terapia familiar para resolver conflitos nas organizações 🔥. Outras ferramentas, como os Guerreiros do Eu e o Diospyros, entre outras, foram sendo desenvolvidas como resposta às necessidades práticas que eu sentia no meu dia-a-dia, neste trabalho de ajuda às pessoas nas empresas e instituições.
A Socialware nasce em 2007. Neste momento, passados 14 anos, já não é um projecto apenas meu porque eu e a Virgínia decidimos “juntar novamente os trapinhos” 👩❤️👨, desta vez em termos profissionais. Ela é socióloga, tem vindo a fortalecer-se na área das tecnologias sociais e os nossos serviços casam na perfeição. Eu com uma abordagem mais pessoal e interpessoal, ajudo à comunicação e à diluição dos egos. A Virgínia, com uma abordagem mais virada para os grupos, facilita dinâmicas que contribuem muitíssimo para o amadurecimento do trabalho de equipa e processos colaborativos de tomada de decisão.
É difícil exprimir por palavras o contentamento e a realização que esta convergência nos traz, e os benefícios que gera nos nossos clientes.
– A Socialware e os Guerreiros do Eu são uma pequena amostra de tudo o que podes fazer. És também nosso formador em temas como Gestão do Tempo e Gestão de Conflitos. Sendo especialista nessa área, é mais fácil conseguires gerir os mil e um projectos que tens em mãos?
Eu diria que as metodologias de organização e gestão do tempo foram mesmo uma tábua de salvação para mim. Não só por ter múltiplos interesses como também por ser um procrastinador nato, cedo percebi que tinha que fazer algo para me adaptar às exigências do mundo do trabalho.
Hoje sou um bocado como aqueles ex-toxicodependentes que são mentores dos toxicodependentes em recuperação 🚨. Compreendo na perfeição as dores dos meus clientes e formandos em matéria de organização e gestão do tempo. Acho que isso torna mais fácil ajudar, mesmo aqueles que têm mais dificuldades. Até porque não é só uma questão de métodos. Às vezes temos sabotadores internos que nos complicam a vida e então é preciso conversarmos com eles e respeitá-los. Mais para que eles deixem de nos levar a fazer asneiras. LOL.
– Sentes que ter um escritório virtual no Factory te dá alguma segurança por saber que existe um local onde te recebem todas as cartas e encomendas (principalmente as da Playmobil eh eh eh)?
É um conforto enorme, Catarina. Eu ando sempre em movimento. O meu trabalho é, quase sempre, feito nas instalações dos clientes. Não tenho vida para estar em casa à espera dos estafetas para receber as encomendas.
Por isso, a solução do escritório virtual do Factory é perfeita para mim 👍.
Já para não falar que quando recebo bonecos da Playmobil para o meu trabalho, é super-divertido partilhar o meu entusiasmo convosco.
– O que mais gostas do Factory e da nossa comunidade?
Quando estive no Factory pela primeira vez, senti-me imediatamente em casa 🏡. Apesar de ter um escritório virtual, estou envolvido com a comunidade de muitas outras formas.
Para além de adorar o espaço, sinto-me sempre acolhido e acarinhado pelas pessoas. Sabes que tens um papel muito importante nesse fenómeno. Sem querer desvalorizar o resto da equipa, da qual só tenho coisas boas a dizer, é fundamental reconhecer que esta cultura de acolhimento tem muito a ver com a tua natureza. A tua generosidade contagia as pessoas e faz com que se sintam seguras e entreguem também o melhor de si.
O Tiago é também um dos empreendedores mais generosos e éticos que conheço. Por isso, o DNA do Factory é tão humano e tão centrado nas pessoas.
– E por fim, deixa duas recomendações para que os indecisos se juntem a nós.
A primeira recomendação que eu gostaria de deixar é a de não subestimar o poder gerador das sinergias que se produzem, quando informalmente nos cruzamos e relacionamos com pessoas de outras áreas profissionais 🤝. Trabalharmos sozinhos em casa, não nos espicaça. Não nos leva para territórios desconhecidos e não é tão gerador como estar ao lado de pessoas que nos trazem novas ideias e nos estimulam a pensar em coisas que de outra forma, se calhar, não pensaríamos.
A segunda recomendação prende-se com a dimensão emocional e motivacional. Para quem trabalha sobretudo sozinho, é normal haver altos e baixos em termos motivacionais. Estar em casa não ajuda. Partilhar os desafios, as frustrações e os pequenos sucessos do dia-a-dia com pessoas que vivem uma circunstância semelhante à nossa é extraordinariamente “terapêutico” e energizador 🤗. Por isso, uma comunidade como o Factory, com uma atmosfera tão humana, pode fazer toda a diferença na vida de um freelancer ou de alguém que presta serviços em teletrabalho.
Uma vez que, se te juntares à comunidade, vais poder conhecer o Paulo e muitos mais Coworkers com histórias interessantes, de que estás à espera? Pois, não há desculpas. Envia email para catarina@factorybraga.com. Prometo mandar-te uma resposta ao que procuras 🕵, quer seja para um escritório virtual ou um espaço físico.