Vender Online vs…Espera!
Primeiro queremos lançar a nossa nova rubrica: A caneta laranja é tua 🙌
Vamos abrir o nosso blog para artigos escritos pelos nossos formandos, com um tema escolhido por eles.
Queres escrever um artigo para o blog do Factory? Envia email para academy@factorybraga.com, teremos todo o gosto em partilhar o teu talento 😊
Para iniciar esta nova rubrica temos a Sandra Caravana, tem 33 anos, é de Braga e é mãe 🍼
Trabalhou desde 2013 no grande retalho: Decathlon, Leroy Merlin e IKEA. Até que se fartou. Queria dar o passo para o mundo digital. O seu ponto de viragem foi o curso de Marketing Digital, no Factory Braga. Estávamos nós em março de 2020, sem saber que iríamos ficar todos em casa.
O curso abrange todas as áreas do Marketing Digital, através dele tomou a decisão que era mesmo na área de Copy para Redes Sociais e CRM que queria estar.
E está!
Frequentou também o curso de Redes Sociais, já em casa, “sem as bolachas viciantes que o Factory costumava dar nos intervalos”, dito pela Sandra 😂
Continua a estudar marketing de conteúdo e técnicas de storytelling.
É fã do nosso blog (e também do pessoal da TSE) e das nossas newsletters.
Hoje, é a gestora de redes sociais e CRM da aplicação APPARÓQUIA, e (recentemente) a gestora de redes sociais do gabinete de estética Dudi_Beauty.
Escreve, também, histórias infantis para materiais didáticos.
Em 3, 2, 1, vamos ao artigo escrito pela Sandra: Vender Online vs Vender em Loja Física
Olá, eu sou a Sandra, a menina das vendas 👋
Foi assim que, por duas mudanças de chefes, introduziram o meu perfil.
Em 2013 tive a minha primeira experiência no grande comércio a retalho. Que mundo! Uma casa dentro de uma loja, uma família a cuidar, números, objectivos, stock, mais objectivos e números. Pensei que era um amor para a vida toda.
Facing, raques, VN, margem de lucro, mudanças, RAD, SD, aprovisionamento e condicionamento de stock, devoluções a fornecedores, francos…
Eu que nunca troquei uma lâmpada, estava a criar um showroom de iluminação, com lustres vintage.
Tive o privilégio de usar as cores mais bonitas do comércio a retalho: azul, verde, amarelo. E nestes anos todos, vi o comércio online crescer nas minhas mãos. Lembro-me que o Click and Collect, agora tão conhecido (compras em casa e levantas na loja) foi a novidade do ano, algo brutalmente inovador.
Vi as plataformas logísticas a adaptarem-se a uma nova realidade, vi o VN – Volume de Vendas – a crescer em vendas online. Assisti ao nascimento de plataformas digitais que auxiliam os clientes a comprar online e, sou hoje, a maior fã de aplicações. Aliás, vendo uma.
SIM, saí da loja física, mas não das vendas.
TCHARAM!
Hoje trabalho no comércio online. Aposto que estão a pensar “oh, muito mais fácil e mais cool”.
Bem, mais fácil não é.
Vamos então às grandes diferenças: vender online vs offline (ou lojas físicas, ou placas de venda, you name it).
Relação com o cliente
Lá por não veres o teu cliente na tua loja online, não significa que ele seja um robot. No mínimo, é um robot fofinho e super inteligente desenhado pela Pixar. Clientes são clientes, seja lá qual for o teu produto ou local de venda. A boa educação é mais importante que a simpatia. Aqui confesso que o comércio online tem uma vantagem sobre o comércio em loja física: tens mais tempo para preparar a resposta. Mas não te alongues neste tempo! Ninguém gosta de deixar mensagem no chatbot e não ter resposta. Quando tenho um e-mail de um cliente para responder, não o faço somente pela questão que ele me colocou. Penso: que mais dúvidas este cliente pode ter? Então aproveito o espaço do e-mail e coloco toda a informação pertinente. Assim, priorizo a eficiência de um trabalho online.
Vender online e o Stock
É igual. É inventariar o stock sempre que possível. Tipo, todos os dias. 🤷🏼♀️
Ninguém gosta de comprar online, pagar e receber cinco minutos depois, um e-mail “lamentamos, mas não temos stock do artigo selecionado – sapatilha preta, tamanho 41. Pretende alterar pela cor branca/dourada, que por acaso custa mais 86€?”. Não!!!
Publicidade
Mudam as ferramentas para vender online, mas o objectivo é o mesmo.
Os meus pais sempre souberam onde eu trabalhava porque todas as empresas tinham pub na televisão (já pronunciar o nome da insígnia, é outra história…).
Sou fanática pelo e-mail marketing, por newsletters. Nas lojas, temos de estar visíveis para o cliente: não precisamos de o rondar tipo abutres (embora algumas lojas ainda o façam), mas estar no mesmo corredor, por exemplo. No e-commerce, temos de saber estar visíveis também. Uma coisa tão simples como abrir uma caixa de perguntas nas stories do Instagram – ‘estamos aqui, deixe a sua dúvida’. Nas newsletters, criar um botão para que o cliente nos envie directamente um e-mail ou mensagem com as suas questões, mesmo que sejam as mais simples – back to basic é essencial em qualquer negócio.
PREÇOS
Não, não é um exercício do “Princípio, meio e fim” onde activei o capslock por engano e agora o actor terá de gritar nesta fala. Escrevi mesmo em maiúsculas porque é das maiores lutas de quem tem uma loja online nas redes sociais.
Todas as lojas onde vocês entram fisicamente têm de ter os preços do produto. Mais: todas as montras e showrooms têm de ter os preços dos produtos expostos. Então expliquem-me, meus doces de abóbora sem nozes, porque raio numa loja do Instagram estão a vender anéis, pijamas e camisolas sem preço? É para que o cliente envie mais mensagens? “Ah e tal, porque o algoritmo do Instagram entrega mais o meu conteúdo quanto maior for a minha interação!”. É verdade. Mas a minha questão para vocês é: querem uma maior entrega ou querem mais vendas?
Exceção à regra: produtos e serviços personalizados, cujos preços são por orçamento.
Temos empresas mais evoluídas que outras, temos negócios que investiram mais no comércio online que outros. Mas ninguém pode negar que este é o futuro. As vendas na loja ensinaram-me muito para que hoje eu consiga vender online. O marketing usado nestas multinacionais não é assim tão diferente do que as estratégias que agora usamos no marketing digital: são adaptadas a outra realidade.
Como clientes, somos mais exigentes.
Como vendedores, temos de estudar estratégias de marketing (aprendi no curso de Marketing Digital no Factory), técnicas de venda, ter noção de como funciona o mercado, ir à concorrência (coisa que mais adoro fazer). Mas temos, acima de tudo, de nunca esquecer que também somos clientes.
Sandra Caravana,
Copywriter para Redes Sociais,
Redatora Histórias para Material Didático
Abril 2021