Frequentemente damos connosco a atribuir uma enorme importância à liderança – seja de uma empresa, de uma organização, de um movimento, de uma equipa.

O líder é visto como aquele que começou o movimento e, consequentemente, o grande responsável pela dimensão e sucesso que adquiriu.

Em 2010, numa TED Talk intitulada “How to start a movement” (Como começar um movimento), Derek Sivers alertou-nos para a importância dos seguidores, especialmente do primeiro seguidor.

De facto, nenhuma organização sobrevive sem líderes e seguidores. Um líder não passa de um maluco se não tiver seguidores. Nenhum seguidor pode seguir sem líder.

É importante que se saiba que o seguidor não é um subordinado, porque mesmo que responda a uma hierarquia, ele segue o líder por vontade própria e não porque é obrigado a isso. E, se o líder não corresponder às suas necessidades, a qualquer momento, pode deixar de o seguir.

O líder tem, portanto, de tratar os seus seguidores como iguais. Tim Spalding explica que, numa organização ideal, líder e seguidor não são cargos ligados a pessoas concretas, mas papéis que podem ser desempenhados hoje por uns e amanhã por outros.

O líder tem de ser aberto e receptivo a críticas, tem de cultivar a relação com os seguidores e estar preparado para seguir quando esse for o papel mais adequado para ele dentro da organização.

O seguidor, por seu lado, deve ter a consciência de que o seu papel, neste momento, é seguir. Mas mostrar liderança e pró-actividade nessa tarefa.

De facto, é nas mãos dos seguidores que está a chave do crescimento de qualquer movimento, organização ou empresa.

Por isso, termino com as palavras de Derek Sivers:

“Se queres realmente criar um movimento, tem a coragem de seguir e de mostrar aos outros como se segue. E quando encontrares um maluco a fazer algo realmente fantástico, tem a coragem de ser o primeiro a levantar-se e a segui-lo!”

Copy by Luís Nuno Barbosa